A TROMBA

A Tromba: milhares de utilidades



Sua tromba - de onde vem o nome da ordem, proboscídeos (do latim proboscis, que significa focinho, tromba) - é um instrumento que serve para tudo. Com ela, o elefante chupa água mais não a engole: joga a água na boca, usando a tromba como esguicho. A tromba enxota pequenos animais e insetos, examina o chão onde ele vai pisar, carrega objetos (até uma tonelada, dependendo do formato), sente cheiros como nenhum outro animal (o que compensa a pouca visão e audição) e até desamarra nós e laços.

É um apêncide delicado. Na ponta da tromba, o elefante indiano tem um pequeno prolongamento que funciona como um dedo (no elefante africano, há dois "dedos"). Por isso, é capaz de pegar objetos pequenos e até acariciar um ser humano querido sem brutalidade - embora possa também usar a tromba para golpear com violência, se necessário.

A tromba originou-se da fusão do lábio superior com o nariz, num processo que começou há pelo menos 50 milhões de anos. O proboscídeo desse período (Eoceno) era o Moeritherium, originário do Norte da África, ainda sem tromba desenvolvida mas com um início de fusão do lábio com o nariz.

Esse proboscídeo se difundiu na Ásia e até na América setentrional. Há cerca de 1 milhão de anos, já tinha o aspecto do elefante atual: eram os mastodontes e os estegodontes. Entre as outras espécies de proboscídeos que se extinguiram estão o dinotério - com presas na mandíbula - e o mamute, coberto de pêlos, que viveu na era Glacial.

Dos antigos gêneros, só dois sobreviveram. São os elefantes atuais, bem conhecidos pelos frequentadores de circos e jardins zoológicos, que em geral não reparam se o elefante e indiano ou africano.